Funcionários públicos reforçaram o alerta sobre o risco iminente de apagão na administração federal, com a longa fila de espera por benefícios, em consequência da falta de pessoal
Correio Braziliense
27/01/2020

O Dia Nacional do Aposentado e também o aniversário de 97 anos da Previdência Social, na sexta-feira passada, 24, foi marcado com protestos em várias cidades. Para representantes de trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público não há o que comemorar, diante de alterações na legislação que, afirmam, reduziram os ganhos mensais da maioria. Funcionários públicos, que já haviam marcado manifestações, reforçaram o alerta sobre o risco iminente de apagão na administração federal, após a crise no Instituto Nacional do Serviço Social (INSS), com a longa fila de espera por benefícios, em consequência da falta de pessoal. Em Brasília, cerca de 120 pessoas se reuniram no Espaço do Servidor e protocolaram no Ministério da Economia um documento “em defesa do serviço público”.

De acordo com Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef, que representa 80% do funcionalismo), a população corre sérios riscos de ver filas ainda maiores, pois, em 2020, cerca de 70 mil profissionais federais deverão se aposentar. “Não será possível fazer o Estado funcionar sem concursos. Por isso, fizemos essa manifestação e, na próxima segunda-feira, vamos apurar com nosso departamento jurídico as formas de evitar a convocação de militares para o INSS”, promete. Segundo Silva, o funcionalismo vai sentir mais rapidamente o impacto da reforma da Previdência quando, em 1º março, for feito o primeiro desconto com aumento da contribuição (de 11% para 14%) nos contracheques.

No documento entregue ao ministério, os servidores afirmam que os serviços públicos gratuitos e de qualidade, “como educação, saúde e segurança para a população mais pobre e mais carente, possibilitam minimizar as desigualdades sociais que atingem índices alarmantes em nosso país”. Edison Guilherme Haubert, presidente do Movimento Nacional de Aposentados e Pensionistas do Serviço Público (Instituto Mosap), disse que analisa estratégias para evitar mais perdas para os servidores. “Vamos lutar no Congresso para que, não apenas esse aumento seja derrubado, mas que o desconto previdenciário de aposentados e pensionistas seja extinto”, promete Haubert.

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